sábado, 10 de março de 2012

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MATÉRIA DE FEB PARA DOWNLOAD
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O mercado de trabalho

Têm aumentado as vagas nas capitais. A terceirização de parte dos serviços sociais e de saúde do governo para ONGs faz crescer a procura por assistentes sociais para gerir e implementar políticas nessas áreas. "O assistente social atua no campo das políticas públicas em geral, com o objetivo de viabilizar o acesso da população à saúde, previdência, habitação e assistência social", explica Maria Liduina de Oliveira e Silva, vice-presidente da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social e coordenadora do curso da Unifesp. Mas a maior parte das vagas ainda é no setor público, nos níveis federal, estadual e municipal. Programas governamentais, como o Bolsa Família e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), sempre necessitam repor seus quadros. Nas ONGs, as contratações são realizadas sem a necessidade de concurso público. O Projeto Guri, em São Paulo, cuja finalidade é promover a inclusão sociocultural de crianças por meio do ensino musical, é exemplo de entidade não governamental que recebe os formados no curso. Empresas que possuem fundações, como o Grupo Orsa, de papel e celulose, e a Vicunha, empresa têxtil, também contratam o profissional para a gestão de projetos sociais. 

Salário inicial: R$ 2.500,00 (30 horas semanais); fonte: Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado do Rio de Janeiro.

O curso

Todo o conteúdo é voltado para dar base para o aluno compreender e analisar a realidade social numa perspectiva histórica, crítica e propositiva. O principal objetivo do curso é formar um profissional capaz de criar e implementar programas cuja finalidade seja a transformação social. Para isso, a grade curricular inclui muita sociologia, teoria política, filosofia e economia, além de conteúdos vinculados à formação da sociedade brasileira, como políticas e movimentos sociais, trabalho e sociabilidade, relações de gênero, étnicas e raciais. Desde o início, o estudante realiza trabalhos de campo em comunidades e em diversos espaços institucionais e sociais, como sindicatos, escolas, creches, ONGs e cooperativas. O estágio supervisionado é obrigatório. 

Duração média: quatro anos.

O que você pode fazer

Assistência à criança e ao adolescente

Desenvolver e implantar projetos de apoio à educação e acompanhamento de crianças e jovens carentes. Na Justiça, nas varas de família, deve acompanhar os processos que envolvem crianças e adolescentes em situação de risco social, de adoção e de disputa de guarda.

Empresas

Organizar e executar programas educativos de saúde, lazer e segurança no trabalho.

Saúde

Participar de campanhas públicas de prevenção de doenças endêmicas e epidêmicas e do combate ao alcoolismo e às drogas. Prestar assistência a pacientes e seus familiares.

Educação

Criar e implementar programas de bolsa de estudo e auxílio financeiro, assim como selecionar os estudantes beneficiários.

Serviço Social

Bacharelado



São o planejamento e a execução de políticas públicas e de programas sociais voltados para o bem-estar coletivo e para a integração do indivíduo na sociedade. O assistente social trabalha com a questão da exclusão social, acompanhando, analisando e propondo ações para melhorar as condições de vida de crianças, adolescentes e adultos. Cria campanhas de alimentação, saúde, educação e recreação e implanta projetos assistenciais. Em penitenciárias e abrigos de menores, propõe ações e desenvolve a capacitação para a reintegração dos marginalizados. Em órgãos públicos, formula projetos e políticas que atendam aos segmentos excluídos da sociedade. Em empresas, realiza campanhas de segurança no trabalho e acompanha funcionários nas questões de saúde, finanças, sociais e familiares. É obrigatória a inscrição no Conselho Regional de Serviço Social para o exercício da profissão.

MITO DA CAVERNA - FILOSOFIA





FEB

CICLO DO OURO – Parte II


A descoberta de ouro teve um grande papel na vida da colônia. Nos 75 anos seguintes a mineração ocupou a maior parte das atenções do país, e desenvolveu-se à custa da decadência das demais atividades. A grande corrida populacional para a região das minas em 30 anos povoa um território imenso até então desabitado, de forma esparsa, em pequenos núcleos separados entre si por áreas desertas imensas. “Esta será uma forma característica ao povoamento do Brasil Centro-sul que se perpetuará até os dias de hoje.” (Caio Prado Junior)


“Mas de outro lado, o impulso desencadeado pela descoberta das minas permitiu à colonização portuguesa ocupar todo o centro do continente sul-americano. É este mais um fato que precisa ser contado na explicação da atual área imensa do Brasil. As transformações provocadas pela mineração deram como resultado final o deslocamento do eixo econômico da colônia, antes localizado nos grandes centros açucareiros do Nordeste (Pernambuco e Bahia). A própria capital da colônia (capital mais de nome, pois as diferentes capitanias, que são hoje os Estados, sempre foram mais ou menos independentes entre si, subordinando-se cada qual diretamente a Lisboa) transfere-se em 1763 da Bahia para o Rio de Janeiro. As comunicações mais fáceis das minas para o exterior se fazem por este porto, que se tornará assim o principal centro urbano da colônia.” (Caio Prado Junior)

“A necessidade de abastecer a população, concentrada nas minas e na nova capital, estimulará as atividades econômicas num largo raio geográfico que atingirá não somente as capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro propriamente, mas também São Paulo. A agricultura e mais em particular a pecuária desenvolver-se-ão grandemente nestas regiões. É de notar que o território das minas propriamente (sobretudo das mais importantes localizadas no centro de Minas Gerais) é impróprio para as atividades rurais. O solo é pobre e o relevo excessivamente acidentado. Nestas condições, os mineradores terão de se abastecer de gêneros de consumo vindos de fora. Servir-lhes-á, sobretudo o sul de Minas Gerais, onde se desenvolve uma economia agrária que embora não contando com gêneros exportáveis de alto valor comercial — como se dera com as regiões açucareiras do litoral —, alcançará um nível de relativa prosperidade.” (Caio Prado Junior)

Após a Guerra dos Emboabas, depois de dura intervenção governamental, foi criada em 1720, a Capitania de São Paulo e Minas do Ouro, e o quinto real (um direito da coroa) é instituído pelo governador Conde de Assumar.
As minas encontradas tinham sua exploração livre, porém esta era submetida a uma rígida fiscalização e a coroa cobrava o quinto, ou seja, o minerador deveria pagar à coroa a quinta parte de todo o ouro extraído.

“Em resumo, o sistema estabelecido era o seguinte: para dirigir a mineração, fiscalizá-la e cobrar tributo (o quinto, como ficou denominado), criava-se uma administração especial, a Intendência de Minas, sob a direção de um superintendente; em cada capitania em que se descobrisse ouro, seria organizada uma destas intendências que independia inteiramente de governadores e quaisquer outras autoridades da colônia, e se subordinava única e diretamente ao governo metropolitano de Lisboa.” (Caio Prado Junior)
Esse sistema gerava grandes conflitos, o que levou a criação das Casas de Fundição em que todo o ouro extraído era necessariamente recolhido e fundido, e depois de tirado o quinto, formavam-se barras, que eram marcadas com o selo real (“quintar o ouro”). O ouro era devolvido ao proprietário nestas barras quintadas que eram circuladas normalmente. O ouro só podia circular nesta barras quintadas. A circulação do ouro em pó ou em pepitas, como é encontrado na natureza, era proibida e quem o fizesse era punido e tinha seus bens confiscados e até podiam ser enviados às colônias portuguesas na Africa.
Outras medidas foram tomadas para proteger a Coroa Real. Um deles foi a derrama:
“...fixou-se uma certa quota anual mínima que o produto do quinto devia necessariamente atingir. Esta quota, depois de algumas oscilações, foi orçada em 100 arrobas (cerca de 1.500 quilos). Quando o quinto arrecadado não chegava a estas 100 arrobas, procedia-se ao derrame, isto é, obrigava-se a população a completar a soma. Os processos para consegui-lo não  tinham regulamento especial. Cada pessoa, minerador ou não, devia contribuir com alguma coisa, calculando-se mais ou menos ao acaso suas possibilidades. Criavam-se impostos especiais sobre o comércio, casas de negócio, escravos, trânsito pelas estradas, etc.” (Caio Prado Junior)

Com o grande contingente populacional vindo para a região das minas houve o desenvolvimento da urbanização, com a formação das vilas.
“Nasceu assim uma sociedade diferenciada, constituída não só de mineradores como de negociantes, advogados, padres, fazendeiros, artesãos, burocratas, militares. Muitas dessas figuras tinham seus interesses estreitamente vinculados à Colônia, e não por acaso ocorreu em Minas uma série de revoltas e conspirações contra as autoridades coloniais. Embora os setores mais ricos da população fossem às vezes proprietários de fazendas e investissem na mineração em locais distantes, a vida social concentrou-se nas cidades, centro de residência, dos negócios, das festas comemorativas. Nelas ocorreram manifestações culturais notáveis no campo das artes, das letras e da música.” (Boris Fausto)
Surge então, um movimento artístico e cultural marcante na história do Brasil. A arquitetura é rica, as artes lembram em muito o renascimento europeu, despontam artistas importantes como Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (escultor, entalhador e arquiteto), e Manuel da Costa Ataíde. O Barroco Mineiro impressiona pela sua força e beleza.

 “Na base da sociedade estavam os escravos. O trabalho mais duro era o da mineração, especialmente quando o leito dos rios escasseou e teve de ser buscado nas galerias subterrâneas. Doenças como a disenteria, a malária, as infecções pulmonares e as mortes por acidente forma comuns. Há estimativas de que a vida útil de um escravo minerador não passava de sete a doze anos. Seguidas importações atenderam às necessidades da economia mineira, até mesmo para substituir mão–de-obra inutilizada. O número de cativos exportado para o Brasil cresceu entre 1720 e 1750, apesar da crise do açúcar. Os dados de população da capitania de Minas levantados em 1776 mostram a esmagadora presença de negros e mulatos. Dos cerca de 320 mil habitantes, os negros representavam em torno de 52%, os mulatos 26% e os brancos 22%.” (Boris Fausto)  

A riqueza da época ficava nas mãos de um grupo dedicado à extração do ouro e aos vários negócios e oportunidades que se formaram em torno dela.  Abaixo deste grupo, havia um grupo de população livre constituída de gente pobre ou de pequenos funcionários, empreendedores e comerciantes, com limitadas possibilidades econômicas.

O período de auge do ouro se deu entre 1733 e 1748, e a partir de 1760 começa seu declínio. O governador Visconde de Barbacena, que assumiu em 1788 recebeu instruções para que fosse garantido o valor anual do quinto de 100 arroubos de ouro, e se fosse preciso completar essa cota, deveria decretar a derrama. Isso fazia gerar uma ameaça geral sobre a capitania e mais diretamente sobre o grupo de elite, onde se encontravam os maiores devedores da Coroa.

“Os inconfidentes começaram a preparar o movimento de rebeldia nos ultimes meses de 1788, incentivados pela expectativa do lançamento da derrama. Não chegaram, porém, a tentar a realização de seus planos. Em março de 1789, Barbacena decretou a suspensão da derrama, enquanto os conspiradores eram denunciados. Seguiram-se as prisões em Minas e a de Tiradentes no Rio de Janeiro. O longo processo realizado na capital da Colônia só terminou a 18 de abril de 1792. Tiradentes e vários outros réus foram condenados a forca. Algumas horas depois, uma carta de clemência da rainha Dona Maria transformava todas as penas em expulsão do Brasil, com exceção do caso de Tiradentes. Na manhã de 21 de abril de 1792, Tiradentes foi enforcado como protagonista de um cenário típico das execuções do Antigo Regime. Entre os ingredientes desse cenário incluíam a presença da tropa, discursos e aclamações à rainha. Seguiu-se a retalhação do corpo e o corte de sua cabeça, exibida na praça principal de Ouro Preto.” (Boris Fausto)

Matéria - FEB

A Vinda da Família Real ao Brasil em 1808
 

No início do século XIX, a Europa estava agitada pelas guerras. Inglaterra e França disputavam a liderança no continente europeu.

Em 1806, Napoleão Bonaparte, imperador da França, decretou o Bloqueio Continental, proibindo que qualquer país aliado ou ocupado pelas forças francesas comercializasse com a Inglaterra. O objetivo do bloqueio era arruinar a economia inglesa. Quem não obedecesse, seria invadido pelo exército francês.

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Portugal viu-se numa situação delicada. Nessa época, Portugal era governado pelo príncipe regente D. João, pois sua mãe, a rainha D. Maria I, enlouquecera. D. João não podia cumprir as ordens de Napoleão e aderir ao Bloqueio Continental, pois tinha longa relação comercial com a Inglaterra, por outro lado o governo português temia o exército francês.

Sem outra alternativa, Portugal aceitou o Bloqueio, mas, continuou comercializando com a Inglaterra. Ao descobrir a trama, Napoleão determinou a invasão de Portugal em novembro de 1807. Sem condições de resistir à invasão francesa, D. João e toda a corte portuguesa fugiram para o Brasil, sob a proteção naval da marinha inglesa. A Inglaterra ofereceu escolta na travessia do Atlântico, mas em troca exigiu a abertura dos portos brasileiros aos navios ingleses.

A corte portuguesa partiu às pressas de Lisboa sob as vaias do povo, em 29 de novembro de 1807. Na comitiva vinha D. João, sua mãe D. Maria I, a princesa Carlota Joaquina; as crianças D. Miguel, D. Maria Teresa, D. Maria Isabel, D. Maria Assunção, D. Ana de Jesus Maria e D. Pedro, o futuro imperador do Brasil e mais cerca de 15 mil pessoas entre nobres, militares, religiosos e funcionários da Coroa. Trazendo tudo o que era possível carregar; móveis, objetos de arte, jóias, louças, livros, arquivos e todo o tesouro real imperial.

Após 54 dias de viagem a esquadra portuguesa chegou ao porto de Salvador na Bahia, em 22 de janeiro de 1808. Lá foram recebidos com festas, onde permaneceram por mais de um mês.
Seis dias após a chegada D. João cumpriu o seu acordo com os ingleses, abrindo os portos brasileiros às nações amigas, isto é, a Inglaterra. Eliminando em parte o monopólio comercial português, que obrigava o Brasil a fazer comércio apenas com Portugal.

Mas o destino da Coroa portuguesa, era a capital da colônia, o Rio de Janeiro, onde D. João e sua comitiva desembarcaram em 8 de março de 1808 e onde foi instalada a sede do governo.

Na chegada ao Rio de Janeiro, a Corte portuguesa foi recebida com uma grande festa: o povo aglomerou-se no porto e nas principais ruas para acompanhar a Família Real em procissão até a Catedral, onde, após uma missa em ação de graças, o rei concedeu o primeiro "beija-mão".

A transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro provocou uma grande transformação na cidade.  D. João teve que organizar a estrutura administrativa do governo. Nomeou ministros de Estado, colocou em funcionamento diversas secretarias públicas, instalou tribunais de justiça e criou o Banco do Brasil (1808).

Era preciso acomodar os novos habitantes e tornar a cidade digna de ser a nova sede do Império português. O vice-rei do Brasil, D. Marcos de Noronha e Brito cedeu sua residência, O Palácio dos Governadores, no Lago do Paço, que passou a ser chamado Paço Real, para o rei e sua família e exigiu que os moradores das melhores casas da cidade fizessem o mesmo. Duas mil residências foram requisitadas, pregando-se nas portas o "P.R.", que significava "Príncipe Regente", mas que o povo logo traduziu como "Ponha-se na Rua". Prédios públicos, quartéis, igrejas e conventos também foram ocupados. A cidade passou por uma reforma geral: limpeza de ruas, pinturas nas fachadas dos prédios e apreensão de animais.

As mudanças provocaram o aumento da população na cidade do Rio de Janeiro, que por volta de 1820, somava mais de 100 mil habitantes, entre os quais muitos eram estrangeiros – portugueses, comerciantes ingleses, corpos diplomáticos – ou mesmo resultado do deslocamento da população interna que procurava novas oportunidades na capital.

As construções passaram a seguir os padrões europeus. Novos elementos foram incorporados ao mobiliário; espelhos, bibelôs, biombos, papéis de parede, quadros, instrumentos musicais, relógios de parede.

Com a Abertura dos Portos (1808) e os Tratados de Comércio e Navegação e de Aliança e Amizade (1810) estabelecendo tarifas preferenciais aos produtos ingleses, o comércio cresceu. O porto do Rio de Janeiro aumentou seu movimento que passou de 500 para 1200 embarcações anuais.
A oferta de mercadorias e serviços diversificou-se. A Rua do Ouvidor, no centro do Rio, recebeu o cabeleireiro da Corte, costureiras francesas, lojas elegantes, joalherias e tabacarias. A novidade mais requintada era os chapéus, luvas, leques, flores artificiais, perfumes e sabonetes.

Para a elite, a presença da Corte e o número crescente de comerciantes estrangeiros trouxeram familiaridade com novos produtos e padrões de comportamento em moldes europeus.  As mulheres seguindo o estilo francês; usavam vestidos leves e sem armações, com decotes abertos, cintura alta, deixando aparecer os sapatos de saltos baixos. Enquanto os homens usavam casacas com golas altas enfeitadas por lenços coloridos e gravatas de renda, calções até o joelho e meias. Embora apenas uma pequena parte da população usufruísse desses luxos.
 
Sem dúvida, a vinda de D. João deu um grande impulso à cultura no Brasil.
Em abril de 1808, foi criado o Arquivo Central, que reunia mapas e cartas geográficas do Brasil e projetos de obras públicas. Em maio, D. João criou a Imprensa Régia e, em setembro, surgiu a Gazeta do Rio de Janeiro. Logo vieram livros didáticos, técnicos e de poesia. Em janeiro de 1810, foi aberta a Biblioteca Real, com 60 mil volumes trazidos de Lisboa.

Criaram-se as Escolas de Cirurgia e Academia de Marinha (1808), a Aula de Comércio e Academia Militar (1810) e a Academia Médico-cirúrgica (1813). A ciência também ganhou com a criação do Observatório Astronômico (1808), do Jardim Botânico (1810) e do Laboratório de Química (1818).

Em 1813, foi inaugurado o Teatro São João (atual João Caetano). Em 1816, a Missão Francesa, composta de pintores, escultores, arquitetos e artesãos, chegaram ao Rio de Janeiro para criar a Imperial Academia e Escola de Belas-Artes. Em 1820, foi a vez da Real Academia de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura-civil.

A presença de artistas estrangeiros, botânicos, zoólogos, médicos, etnólogos, geógrafos e muitos outros que fizeram viagens e expedições regulares ao Brasil – trouxe informações sobre o que acontecia pelo mundo e também tornou este país conhecido, por meio dos livros e artigos em jornais e revistas que aqueles profissionais publicavam. Foi uma mudança profunda, mas que não alterou os costumes da grande maioria da população carioca, composta de escravos e trabalhadores assalariados.

Com a vitória das nações européias contra Napoleão em 1815, ficou decidido que os reis de países invadidos, pela França deveriam voltar a ocupar seus tronos.

D. João e sua corte não queriam retornar ao empobrecido Portugal. Então o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves (uma região ao sul de Portugal). O Brasil deixava de ser Colônia de Portugal, adquiria autonomia administrativa.

Em 1820, houve em Portugal a Revolução Liberal do Porto, terminando com o Absolutismo e iniciando a Monarquia Constitucional. D. João deixava de ser monarca absoluto e passava a seguir a Constituição do Reino. Dessa forma, a Assembléia Portuguesa exigia o retorno do monarca. O novo governo português desejava recolonizar o Brasil, retirando sua autonomia econômica.

Em 26 de abril de 1821, D. João VI cedendo às pressões, volta a Portugal, deixando seu filho D.Pedro como príncipe regente do Brasil.